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terça-feira, 30 de março de 2010

Retrospectiva da obra fotográfica de Robert Polidori no Espaço ECCO

O Espaço Cultural Contemporâneo – ECCO e Embaixada da França abriram ontem a exposição individual de fotografias RETROSPECTIVA, do artista franco-canadense Robert Polidori, concebida pelo Instituto Moreira Salles. O coordenador de fotografia do IMS, Sergio Burgi, conduziu a visita guiada.  


A curadoria da mostra é de Heloísa Espada, que reuniu 70 obras fundamentais de diversos ensaios  realizados, desde a década de 80, sobre várias cidades do mundo, entre elas, New Orleans, Versailles, Beirute, Alexandria, Havana, Brasília e Nova York, onde o artista reside.

O ensaio sobre Brasília foi feito entre 1998 e 1999, quando Polidori veio realizar projeto especial, com curadoria do crítico norte-americano Paul Goldenberg, na época editor de fotografia da revista The New Yorker.

Apesar de retratarem lugares tão distintos, as imagens do artista tem um elo em comum. Revelam uma mesma identidade trágica, após essas cidades sofrerem as consequências de políticas desastrosas. Os buracos de bala na parede em Beirute trazem o mesmo sofrimento que uma cama completamente destruída pela força da água movida pelo furacão Katrina em New Orleans. De uma maneira geral as fotos provocam um desconforto, apesar da beleza que contêm, a despeito da destruição que exibem.

O ensaio sobre Brasília foge dessa linha de ensaios. Foi feito entre 1998 e 1999, quando Polidori veio realizar projeto especial, com curadoria do crítico norte-americano Paul Goldenberg, na época editor de fotografia da revista The New Yorker.

Robert Polidori nasceu em 1951. Após a conclusão do mestrado em 1979, passou a se dedicar inteiramente à fotografia. Trabalhou para a revista The New Yorker, entre 1998 e 2007, e colabora com Architectural Digest Germany, Newsweek, Geo, Nest Magazine e Vanity Fair. 

A mostra fica em cartaz até 09 de maio de 2010. 

Espaço Cultural Contemporâneo
SCN Quadra 03 Bloco C Loja 05
70713 000 Brasília – DF Tel. 61 33272027


           

Festa super exclusiva inaugura Louis Vuitton em Brasília

Tudo estava impecável. O ambiente do Iguatemi Brasília estava completamente forrado por couro ecológico no marrom escuro inconfundível da Louis Vuitton.  Das esquadrias do skylight pendiam  os inconfundíveis símbolos do padrão monograma da LV recortados em acrílico. 


A lista de convidados, saída do mailling de Guilherme Siqueira e da direção da LV Brasil, era ultra restrita e todos queriam exibir seu LV preferido. Carolina Dieckmann, Cléo Pires e Sabrina Sato, compareceram. Taís Araújo veio de azul, linda, (Vuitton, claro!) e cortou a faixa de cetim com Marc Sjostedt, François Rosset e Vik Muniz, inaugurando oficialmente, no sábado 27, a maior loja da marca no Brasil e única fora do eixo São Paulo-Rio. "Por enquanto", antecipa, Rosset, presidente para América Latina e África do Sul, que acredita no potencial de crescimento do mercado brasileiro.


Paola de Orleans e Bragaça e Luciano Ucha foram os DJs da noite regada a Moët & Chandon (champanhe que, assim como Louis Vuitton, pertence ao grupo LVMH - o maior conglomerado de luxo do mundo) e comes delicadíssimos trazidos do Rio pelo buffet Aquim. O must foi o delicioso macarron com especiarias e fois gras, marca registrada da chef Samantha Aquim. 


A turma da ONG Spectaculu também veio do Rio para participar da festa e pousou com Taís, Jean-Baptiste Cordon, diretor de comunicação e marketing da LV (embaixo à esquerda), Vik Muniz, elegante de terno e colete ecru, e com o superintendente do Grupo Iguatemi,  Carlos Jereissati Filho (à direita), que apareceu para a festa. Assim como o outro investidor do shopping, Paulo Octavio Pereira, que chegou com o filho, André, e a mulher, Anna Christina Kubitschek. Na foto, falta Carla Vilardo, coordenadora do projeto de parceria com Vik Muniz.


A festa começou cedo e foi longe. Tudo perfeito. Até os toilettes foram cuidadosamente preparados e acessorizados por produtos da exclusiva marca italiana Acqua di Parma. (Aqui não se trata de um deslize da empresa francesa. Vale lembrar que a Casa de Bourbon, que reinou na França, também ocupou os tronos da Espanha, Sicilia e Parma. Tudo em casa.) Discretamente, Patrícia Romano, Relações Públicas da Louis Vuitton no Brasil, supervisionou tudo.

Fotos: divulgação e meu IPhone.

segunda-feira, 29 de março de 2010

220m2 de atmosfera de luxo no estilo Louis Vuitton

A Louis Vuitton do Iguatemi Brasília é quase uma loja independente, com entrada própria realçada pelo painel com o tradicional jogo Damier em marrom e branco na fachada. O projecto reuniu o Departamento de Arquitetura de Pris e o Store Planning e Desenvolvimento da América Latina, que criou ambientes amplos e luminosos em 220m2. A entrada da loja se beneficia do grande skylight que filtra a luz do céu da capital.


O espaço está dividido em áreas de acordo com as linhas de produtos, separando os universos masculino e feminino. O mobiliário é sofisticado sem ostentação, seguindo o padrão internacional da marca, com uso de madeiras nobres como Aniegre e Zebrano em paredes e móveis.  O projecto teve a participação do designer Sergio Rodrigues, que recriou algumas de suas peças clássicas como o banco Mocho (1954), a cadeira  Cantu (1958), a Poltrona Drummond (1059), a mesa Coringa e a luminária Tcheko (ambos anos 70) e da Cômoda Bianca (1993).


Criada em 1954 para fabricação de malas, objetos que se consolidaram como tradução do bem viajar, a Louis Vuitton é símbolo mundial de luxo, requinte e qualidade superior. Uma bolsa da marca é um investimento, que passará pelas mãos de pelo menos três gerações. A tradição aliou-se à inovação, especialmente a partir das colaborações com expoentes das artes plásticas, conferindo jovialidade e contemporâneidade à marca. Com a chegada do estilista Marc Jacobs, em 1097, o prêt-a-porter ganhou força, conquistando este ano o voto da maioria da imprensa especializada para a melhor coleção de Outono-Inverno 2010. (Mas disso falamos depois.) 

A Louis Vuitton de Brasília terá um inventário quase completo, nas versões masculina e feminina, sempre que couber: bolsas, carteiras, calçados, chales, malas, cadernos de viagem, óculos de sol, cintos, gravatas, relógios - maravilhosos, especialmente os com detalhes dos símbolos da marca aplicados em diamantes no mostrador. E, claro, os lenços assinados por Vik Muniz, que compõem vitrine especial! 


A coleção de vestuário não estará disponível na loja (por enquanto exclusividade do espaço da marca na Daslu), mas as peças podem ser encomendadas, segundo a bela Juliana Souza que comanda a loja.  E Marc Sjostedt, gerente geral da Louis Vuitton Brasil, garantiu que continuaremos recebendo a coleção junto com o lançamento em Paris: "a diferença será apenas o tempo de transporte". 

A personalização de peças, especialmente, da coleção de viagem pode ser solicitada e objetos exclusivíssimos, como a mala para champagne, com balde de prata e duas taças, e o coffret para joias, podem ser encomendadas. Como tradição é fundamental para a Vuitton, o belíssimo baú  de dame, de 1912,  é peça de exibição na loja. 

Fotos: Divulgação e meu IPhone

Louis Vuitton by Vik Muniz (with a little help dos jovens da ong Spectaculu)

A Louis Vuitton comemora 20 anos no Brasil com a abertura, em Brasilia, de sua sexta loja no país e com a parceria entre a marca e o artista plástico brasileiro Vik Muniz, que resultou em uma fotografia, idealizada por Muniz, da logo LV com o título "Individuals - Pictures of People, 2009" (Indivíduos - Fotografias de Pessoas, 2009).


A Louis Vuitton convidou para uma entrevista coletiva e para a festa de inauguração da loja no novíssimo Iguatemi Brasília e fomos conferir. 

A imagem é fruto do projeto desenvolvido por Vik Muniz com estudantes de áreas de risco do Rio de Janeiro reunidos pela ONG carioca Spectaculu, colaboração que já marcou outros trabalhos do artista. A parceria explorou a multiplicidade da marca aliada à criatividade dos jovens da Spectaculu em um curso de fotografia “Vik Muniz e a Cognição do Olhar”, com duração de um ano. A  imagem foi multiplicada no lenço Individuals, que a Vuitton colocou à venda sábado, na festa de inauguração da loja no Iguatemi Brasília: R$ 1.120,00.


Durante o curso, 21 jovens - 11 mulheres e 10 homens, com idades entre 17 e 24 anos - residentes em 16 bairros e comunidades do Grande Rio, desconstruíram a marca e a construíram novamente com elementos do seu dia a dia, pesquisaram e conheceram os valores por traz da marca e participaram do processo de criação de um produto. Além da imagem-símbolo e do lenço, foi produzido um áudio visual que registrou uma série de materiais produzidos e fotografados durante o curso, exibido na festa de abertura da nova loja.


Participaram de coletiva para falar do início dessa colaboração o presidente da Louis Vuitton para a América Latina e África, Fraçois Rosset (E), Vik Muniz (C) e Gringo Cardia (D), fundador (com Marisa Orth) da Spectaculu. Rosset destacou que a empresa tem a preocupação de passar conhecimento e que via com orgulho a parceria com Vik pela oportunidade de contribuir "ainda que modestamente" no processo de educação daqueles jovens e de apoiar a ONG "na preparação de um Brasil com futuro melhor."

Na opinião de Gringo Cardia, a parceria possibilitou aos jovens trabalhar a autoestima e compreender que eles podem pertencer a um universo maior. "Louis Vuitton é referência visual, de estética, de desejo, elementos ligados ao que o jovem pensa sobre o que ele é". Vik Muniz decidiu trabalhar a logomarca que, "por ser tão estabelecida, torna possível explorar novas fronteiras" e pareceu natural chegar ao lenço pela possibilidade da seda como suporte de impressão da fotografia, sua linguagem de trabalho. "O projeto era também a opotunidade de criar um diálogo sem preconceito em nenhum dos lados," acrescentou. O patrocínio da Louis Vitton, segundo Muniz, foi diretamente para a Spectaculu.

Rafael, Leonardo e Bruno eram alguns dos jovens que participaram do projecto e vieram a Brasília para o evento. Tomando champanhe (verdadeira Moët & Chandon, marca do grupo LVMH) , avaliaram que a experiência foi fascinante. Quem conhecia a marca acreditava que nunca chegaria perto dela e agora tinha sua imagem impressa em um produto que se tornaria objeto de desejo. Mas o resultado seria mais concreto para mudar sua história, porque o curso os havia instrumentalizado para se profissionalizar. "Quando estávamos no curso não tínhamos noção de que estávamos participando de algo tão grande", comentou Rafael. "Isso nos dá uma responsabilidade maior", refletiu Leonardo.

sábado, 27 de março de 2010

Icone brasileiro do consumo de luxo abre as portas ao público terça-feira

O shopping Iguatemi é uma espécie de segunda casa das paulistanas bem nascidas (e das que puderam galgar a escada social). É um programinha básico para ir ao cabeleireiro (Wanderley Nunes tem ali o maior metro quadrado de salão imaginável), almoçar com as amigas no Gero, namorar ver as novidades na Burberry, Louis Vuitton e Missoni, enquanto o namorado procura a camisa perfeita no Ricardo Almeida e no Zegna. Ainda dá para pegar um cineminha, sem pressa porque o ingresso tem lugar marcado.  


Ok, sem inveja. O restaurante da família Fasano e as outras marcas se instam no Iguatemi Brasília, no Lago Norte, que abre suas portas ao público às 10h da terça (30) com mais de 200 lojas, sendo 29 lojas inéditas na capital federal, distribuídas em dois pavimentos. Entre as internacionais, virão também Empório Armani, Nespresso, Rimowa (aquelas malas lindas! E leves!). Das marcas nacionais, estão confirmadas Animale, Sérgio K., Zeferino, Alphorria, Água de Coco, Alphorria Camargo Alfaiataria e Espaço Santa Helena, entra tantas.

W não vem para a capital (Wanderley já pensou nisso, mas desistiu), mas Helio Nakanishi vai abrir um super espaço. Outra marca da capital que expande para o Iguatemi é a multimarca Ana Paula. A Livraria Cultura estará no empreendimento e o Grupo Cinemark vai instalar seis salas, incluside 3D, com lugares marcados e reserva online.


Na coletiva de imprensa, o presidente do Grupo Iguatemi, Carlos Jereissati Filho, anunciou a expectativa de faturamento, já no primeiro ano, de R$ 250 milhões e um fluxo médio de circulação diária de 30 a 35 mil pessoas. As Organizações Paulo Octávio participaram do investimento de R$ 180 milhões neste que será o décimo segundo shopping do Grupo Iguatemi. Até 2013, deverão ser 16 shoppings em funcionamento.

O projeto de arquitetura e paisagismo, que se anuncia sustentável, é do escritório Botti e Rubin Arquitetos Associados e ocupa uma área total de mais de 117 mil metros quadrados, com 2.793 vagas sendo dois pisos para estacionamento. Um mimo para os brasilienses que querem aproveitar o centro de lazer: o estacionamento mais barato entre os shoppings da cidade (R$ 3,00 pelas primeiras duas horas e R$ 1,00 por cada hora adicional). 

A campanha publicitária homenageia Brasília em seus 50 anos com imagens deste cenário que faz referência a Oscar Niemeyer, Burle Marx e Athos Bulcão.

Ao definir o público ao qual o shopping está destinado, Jereissati Filho foi bastante cuidadoso:  “Vamos atender às demandas de consumidores exigentes que primam por qualidade, que gostam de consumir o melhor, sem necessariamente pagar mais por isso”. 

Fotos divulgação

quinta-feira, 25 de março de 2010

Ferran Adrià vai lecionar física culinária em Harvard

O curso inusitado é o novíssimo projeto do superstar chef catalão. Quando, em janeiro, durante a conferência gastronômica Madrid Fusion, ele anunciou que fecharia ao público o elBulli - reputação de melhor restaurante do mundo e mais disputada reserva - causou um frenezi entre a imprensa especializada e, seguramente, tornou praticamente impossível a meros mortais a tarefa de conseguir uma mesa.

Foto: Herbert Lehmann

Quando digo meros mortais, quero dizer que, se você não for um crítico gastronômico renomado internacionalmente, um chef estrelado como Adrià (3 estrelas no Guia Michelin) ou amigo pessoal do mestre da gastronomia molecular (título que ele refuta), terá um desafio e tanto pela frente.  Me explico: em 2010, o restaurante estará aberto de 15 de junho a 20 de dezembro, mas já não aceita mais reservas. É isso mesmo. Todas as mesas nos almoços e jantares de todos os dias da semana em que o restaurante abre já estão reservadas. Claro, você pode sempre delegar à secretária que se pendure no telefone, checando se houve alguma desistência. Até a caixa de e-mails da casa ficou absurdamente lotada com pedidos de reserva e a administração nem sabe o que fazer com tantas mensagens.

Sempre há 2011, mas os pedidos de reserva oficialmente só começam a ser aceitos no final da temporada anterior, o que seria 20 de dezembro de 2010. O release distribuído pelo chef e o sócio, Juli Soler, durante o evento de Madrid, entretanto, abre uma brecha quando anuncia que o calendário para 2011 será divulgado no próximo Setembro. O jeito é tentar: tel. +34 9721 50457  E-mail: bulli@elbulli.com

Em 2012, elBulli celebra 50 anos desde sua concepção, mas a comemoração será transformar o restaurante em espaço de experientação, ensino e pesquisa (assim como o elBullitaller, em Barcelona). O restaurante de Cala Montjoi, na Costa Brava, reabrirá ao público em 2014, durante apenas seis meses por ano, com um único horário de reserva por dia e nova proposta gastronômica.

A pesquisa e o ensino são os focos de Adrià, que pretende transformar, em 2014, elBullirestaurante em uma fundação, com o propósito de formar cozinheiros com espírito avant-garde, que se interessem por transformar uma refeição em uma experiência sensorial plena.

O anúncio recente feito pela universidade americana sobre o novo curso está dentro desse contexto.  O chef já fez palestras para cientistas de Harvard, mas nos próximos meses se junta  ao seu pupilo José Andrés, chef-restaurateur em Washington (falo dele depois), para ministrar um curso completo para os alunos de ciências exatas, de Harvard, analisando o preparo de emulsões e espumas. (Eles terão outros chefs convidados para palestras e trabalhos de laboratório) O propósito do curso é mostrar aos estudantes que as experiências de física podem ser divertidas - e até ser comidas no final da aula.

Foto do genial fotógrafo austríaco Herbert Lehmann, especializado em imagens do mundo da gastronomia. Seu trabalho pode ser conferido em www.herbertlehmann.com

terça-feira, 23 de março de 2010

Marbro - Antichi Telai: estilo do homem italiano no CFW

A marca masculina italiana Marbro - Antichi Telai esbanjou elegância no desfile que apresentou no CFW. Caimento perfeito, acabamento impecável e tecidos de alta qualidade. A empresa é fruto da fusão, em 2008, de duas alfaiatarias tradicionais - a Antichi Telai, dos irmãos Di Pietrantonio, fundada em 1894 em Abruzzo e a Marbro, estabelecida em 1954, na Toscana.
Além da forma, estrutura e técnica da melhor tradição de alfaiataria, a empresa mantêm o trabalho manual, os botões de madepérola e chifre e os tecidos fabricados com fio de cachemere, pashmina e a exclusivíssima Guanashina, produzida com as fibras King Pashmina, Baby Cachemere e Guanaco. No interior dos casacos usa o pelo de camelo.
Para a coleção trazida a Brasília  elegeu tecidos e construções adequados ao clima local e priorizou a finíssima lã super 180 e a 200, incrivelmente macias, cuja leveza ficava evidente no caminhar dos modelos. As padronagens em risca de giz, xadrez (discretíssimos) e listras aliadas ao corte contemporâneo conferem ar jovial aos looks.
Nas composições mais informais, o destaque é o veludo cotelê muito leve e colorido em tonalidades como o marroon e o lavanda.
A lã é um pouco mais pesada nos casacões sobre o terno. A mescla azul (na foto acima) tem charme especial. Paletós mais curtos, com fendas laterais e dois botões são forte tendência, mas há espaço para o jaquetão de seis e quatro botões. Os mais esportivos tem profusão de bolsos ou aplicação de camurça nos cotovelos. As calças tem corte ajustado com bainha simples e as esportivas mais informais, em ecru, contrastam com os paletós escuros. As gravatas são predominantemente lisas, de cor forte, como rosa e turquesa, além de cinza e grafite.

Fotos Cristiano Sérgio / Fotoforum

Quem ama o feio bonito lhe parece

Érika Duarte é um dos novos talentos, orientados por Jun Nakao, apresentados na edição de Inverno do Capital Fashio Week. A coleção, criada com o título "A estética da Feiúra", foi inspirada na filmografiade Tim Burton e tomou como ponto de partida o livro de Humberto Eco, "História da Feiúra". 
O resultado é um trabalho instigante, em que as formas assimétricas esculpidas foram desestruturadas, os tecidos cuidadosamente rotos e desfiados, criando um visual bem pensado e ao mesmo tempo esfarrapado em uma proposta que lembra  a Noiva Cadáver (Corpse Bride).
As cores fechadas - vermelho, beige, preto - contribuem para aludir ao clima sombrio das películas do diretor de Edward Scissorhands. Uma pitada de azul no beige dá um tom alegre e remete a Alice no País das Maravilhas, assim como o spencer de ombros  amplos e extremamente marcados, que tem um ar de chapeleiro maluco.
Érika, 23 anos, é aluna de Desenho Industrial da Universidade de Brasília e já produziu uma coleção em parceria com Lívia Godoy para a multimarcas Monna, que a apoiou no CFW.

Fotos Cristiano Sérgio / Fotoforum

domingo, 21 de março de 2010

Mulher diáfana no desfile da Missoni

A mulher Missoni é quase uma deusa, com corpo longilínio, coberto por materiais delicados, cuja transparência vai sendo graduada pela superposição e por drapeados que, pela textura levíssima, fazem pouquíssimo volume. Ainda assim, alguns looks estão permitidos apenas a corpos muito delgados.
O visual fluído tem inspiração em uma moderna Isadora Duncan. Renda, tule, jerseys levíssimos, nós e amarrações; segundas peles sobrepostas e cardigans curtíssimos - quase boleros - ou muito longos são tendências marcantes.
Estruturas simples acentuam a riqueza dos materias e das tramas de tricot em pachtwork e tridimencionais, que às vezes lembram origamis.
O destaque foi o vestido bordado com cristais e paetês gigantes sobre uma trama que lembra uma rede de pesca. O tamanho das aplicações não tirou a delicadeza e fluidez da peça, que parece estar sendo puxada do mar.
O styling foi rigorosamente o mesmo mostrado em Milão, apresentando as bolsas em linha (mínimas, médias e mohilas) e lançando as sandália com salto baixo carretel (literalmente), adornadas por amarrações em linhas trançadas, que envolvem os tornozelos. Os colares em fios de seda com apito  em ouro branco, que as modelos assobiavam ao fechar o desfile, podem se tornar o must have da temporada.
O herdeiro Vittorio Missoni, diretor de marketing da marca, e seu filho, Ottavio, responsável pela produção, vieram promover a Missoni, que abre sua segunda loja no Brasil em tempo record, agora no novo shopping Iguatemi Brasília, que será inaugurado no dia 29. 
Na foto o embaixador da Itália Gherardo La Francesca e a embaixatriz Antonella La Francesca com Vittorio e Ottavio, antes do desfile. A família Missoni assistiu ao desfile sentada na platéia, ao lado da embaixatriz, que interferiu pessoalmente para que o Instituto de Comercio Exterior (ICE - Istituto Nazionale per il Commercio Estero) participasse do CFW, facilitando a vinda de três grifes italianas - Missoni, Mabro e Renato Balestra.

Fotos Cristiano Sérgio / Fotoforum

Missoni levou luz da beira-mar para o Inverno do CFW

A marca Missoni encerrou o primeiro dia (18) do CFW mostrando a coleção lançada em Milão no início do ano. Apesar de ser a linha Primavera-Verão 2010, a proposta de superposição se adapta perfeitamente ao clima do Inverno brasileiro e a cartela de cores combina com a luz fria da estação. Vou me deter um pouco mais nessa coleção, pois vale a pena.
A base é o tom de areia, em alusão direta à praia, com toques de brilho sutil, lembrando a irridescência das conchas.
 O jogo de padrões orgânicos e geométrico dá versatilidade à proposta e, aliado à cartela de cores, permite um mix de peças entre um look e outro.
O rosado da luz de fim de tarde, o verde das algas e o azul que funde céu e água fazem o jogo suave e inédito para a marca, famosa por seus caleidoscópios vertiginosos de cores marcantes. 
As tramas lembram dunas e marcas das ondas do mar na areia. 

Fotos por Cristiano Sérgio / Fotoforum

sábado, 20 de março de 2010

Esporte inspira Romildo Nascimento no CFW

O estilista Romildo Nascimento apresentou uma coleção variada, que inclui vestidos, shorts, saias, pelerine, jaquetas, em tons de cinza, azul, roxo e muito preto. O conjunto é interessante e referências esportivas tem nova leitura, aparecendo em peças sofisticadas, como o vestido "amarrado" por cadarço gigante. 
A legging prata usada com mescla cinza figura entre o esportivo e a balada, enquanto as madras foram o padrão de destaque, em saias, coletes e na pelerine de abotoamento mega. 
O make da equipe de Helio Nakanishi, com baton azul, e sandálias gladiador e botas de Débora Bertti, complementaram o look rocker, enfatizado pela aplicação de taxas.
Fotos por Cristiano Sérgio / Fotoforum

Acessibilidade no Capital Fashion Week: o direito à elegância

Esta é a semana do Capital Fashion Week - Pocket Edition - Inverno 2010. A abertura do evento levantou mais uma vez a bandeira da moda inclusiva, colocando na passarela portadoras de deficiências. Desta vez, uma cadeirante, uma deficiente auditiva e uma deficiente visual, com seu charmoso cão guia, um Labrador, desfilaram vestindo Ortiga, adornadas por joias de Miranda Castro.
A atriz Larissa Maciel (Maysa, no seriado da Globo) comandou o desfile de joias de Miranda Castro. Carregou com classe o brinco de chuva de diamantes.
A designer Sandra Lima fez um desfile conceitual com inspiração Lady Gaga: sobre o corpo totalmente coberto por uma malha, mostrou coletes estruturados por recortes.
O compositor e ex-lider da banda Legião Urbana, Renato Russo, foi homenageado como símbolo do cinquentenário de Brasília. Ele também estaria fazendo 50 anos.
 
Fotos por Cristiano Sérgio / Fotoforum

Mandala Hair & Music já tem novo endereço

O novo salão de Maurizio Mandala é um espaço de conceito atualíssimo: abriga o talento arrojado do beauty stylist italiano; a qualidade do serviço do seu staf; ambiente para música e bar - tudo envolto por um decor de referências multiculturais, com fortes elementos africanos, e materiais naturais, como o bambu, o couro natural e a madeira (de demolição), sempre em tons quentes. 
Destaque para o uso de muito verde nas plantas naturais e obras de arte, além da parede, com motivo africano, pintada pelo próprio Maurizio. O exterior contemporâneo surgiu depois de uma reforma radical na fachada (que era horrenda) do prédio da QI 9/11, quadra que reúne algumas das lojas mais fashion do Lago Sul. Ganharam todos, pois a rua ficou muito mais bonita.
O novo salão é um lugar para se chegar e ir ficando. Para sentir-se em casa. Essa é a proposta de Maurizio, que idealizou o projeto pensando na sustentabilidade e no bem-estar: aproveitou ao máximo a luz natural e a energia solar, e usou ventiladores de teto e elementos vazados (cobogós) para passagem de brisa. "Nosso tempo não permite desperdícios", comentou ao receber os amigos, na terça 16, para brindar o novo espaço, com uma trilha sonora criada por ele e comes de Renata La Porta. 
Fernanda, Palloma, Flávia e Andreia, produzidas por Maurizio, vestiram kaftans de Fernanda Mourão (foto), que na mesma noite lançava a coleção de Inverno no endereço em frente.

Fotos por Jailson Lajes

terça-feira, 16 de março de 2010

Cori investe no preto com pinceladas de cor

A consagrada Cori elegeu Raica Oliveira para personificar a mulher desse Inverno.
 O desfile no ParkFashion mostrou a nova coleção, com a presença das estilistas Giselle Nasser e Andrea Ribeiro, que elegeram como inspiração a fabulosa Edith Head, criadora de figurinos marcantes dos filmes de Hollywood, indicada 35 vezes e ganhadora 8 vezes do Oscar. 
 Os looks do desfile evidenciaram os cortes de alfaiataria sobre tecidos nobres, inclusive o tear.
Nos vestidos, as penses na barra reduzem o volume, criando um efeito tulipa
O preto é a base da coleção, compondo com o azul, o turquesa e o roxo.
Fotos por Cristiano Sérgio / Fotoforum

segunda-feira, 15 de março de 2010

Profusão de estilos no Inverno da Confraria Studio

A Confraria, que tem a fábrica em Brasília, apresentou bolsas em tamanhos, estilos e materiais diversos no desfile liderado pela atriz Paola Oliveira no ParkFashion.
Carteiras em chifre ou enfeitadas por pedras semipreciosas; bolsas com detalhes em tachas, ilhoses, correntes, franjas, flores, matelassê e textura recortada a laser, construídas em couro livre de tratamento com cromo, ou em píton verdadeiro, fizeram um desfile rico.

Além dos tons pálidos - do branco, ao rosado - marinho, verde e vermelho também ganharam espaço, além das impressões em padrões selvagens.
Os sapatos, criados pela proprietária, Ana Paula Ávila, são um charme, com meiapata embutida. 
Fotos por Cristiano Sérgio / Fotoforum